Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudo de Linguagens (PPGEL)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Estudo de Linguagens (PPGEL) por Orientador "Lopes, Norma da Silva"
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- ItemOu nós vamos, ou a gente vai :a variação do pronome de primeira pessoa do plural na Bahia(2021-08-13) Fonseca, Fernanda Figueira; Lopes, Norma da Silva; Carvalho, Cristina dos Santos; Araújo, Silvana Silva de FariasEste estudo sociolinguístico tem como foco a variação na expressão do pronome de primeira pessoa do plural como preenchimento do sujeito em sete mesorregiões do Estado da Bahia. Para o seu desenvolvimento, foram utilizados os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista Laboviana, em interface com a Dialetologia (CARDOSO et al., 2014). Tomamos como objetivo investigar os grupos de fatores condicionantes para a escolha das variantes do fenômeno, buscando mapear como como essa variação se apresenta nas Mesorregiões da Bahia. Além disso, comparamos os resultados encontrados com outras análises, Lopes (1993), Omena (1996a, 1996b, 2003), Mendonça (2010), Foeger (2013), Mattos (2014), Vianna e Lopes (2015) sobre o mesmo fenômeno. O corpus alvo de observação são as entrevistas realizadas com 28 informantes, sendo 04 falantes da cidade escolhida de cada uma das mesorregiões baianas, a saber: Centro-Norte baiano (Irecê), Nordeste Baiano (Alagoinhas), Extremo Oeste Baiano (Barreiras), Vale São Franciscano Baiano, (Barra), Centro-Sul Baiano (Vitória da Conquista), Sul Baiano (Ilhéus) e Metropolitana de Salvador (Salvador), que são registradas pelo acervo do Projeto Atlas Linguístico do Brasil, o ALiB. A pesquisa em questão parte do estudo pioneiro de Omena (1996a, 1996b), que indica fatores linguísticos e sociais que condicionam o uso de a gente ao invés de nós. Corroborando as pesquisas de Omena (1996a, 1996b), as análises de Lopes (1993) mostram que fatores linguísticos e socioculturais estão inter-relacionados ao favorecimento do uso de a gente e afirma que essa forma já é implementada no Português Brasileiro. As variáveis controladas nesta pesquisa foram: paralelismo formal, saliência fônica, tempo/modo verbal, sexo, faixa etária e mesorregião. Os resultados gerais denotam que a forma a gente é a preferida pelos falantes das mesorregiões baianas – 71,7%. Verificamos como favorecedores da forma inovadora os seguintes contextos linguísticos e extralinguísticos, respectivamente: a) quanto ao Paralelismo Formal: (i) um antecedente a gente; (ii) o a gente em 1ª referência; b) quanto à Saliência Fônica: (i) quando a diferença entre a 3ª pessoa do singular e a 1ª pessoa do plural da forma verbal se restringe apenas acréscimo de -mos; c) quanto à variável Sexo, as mulheres são as propagadoras da variante; d) quanto à variável Faixa Etária, os jovens são os propulsores do a gente; e) quanto à variável Mesorregiões, são favorecedoras as mesorregiões Metropolitana de Salvador, Centro-Sul Baiano e Centro-Norte Baiano. A investigação da alternância nós e a gente demonstrou que, na variedade oral do português falado nas Mesorregiões baianas, assim como os resultados de diversas pesquisas sobre o fenômeno no português brasileiro, a ocorrência da forma a gente é bastante utilizada no lugar de nós e dá mostras de um crescente uso dessa forma, em sincronias futuras.